Para você que cuida de alguém com depressão ou suicida

Nada substitui um acompanhamento psicológico. E isso não se limita apenas às pessoas que possuem algum transtorno psicológico. Esse tratamento deve ser feito, inclusive, por quem cuida de pessoas que estão vulneráveis.

Se não, você não aguenta.

Quem faz tudo pelos outros precisa de alguém que faça algo para si. Isso não é ser dependente. Somos seres humanos, o amor é fonte inesgotável, mas às vezes ele não consegue jorrar… por falta de força, de reciprocidade… a pilha acaba.

É tão difícil ter que fazer tudo pela gente mesmo, sermos nossos super heróis e ainda ter que ser super-herói dos outros.

Pra mente de quem cuida de uma pessoa com transtornos psicológicos ficar doente, é um piscar de olhos.

Por isso, o cuidado médico deve se estender a todos os envolvidos nessa situação delicada. O amor pode vencer sim, mas o amor por si só não cura dor de cabeça, nem cólica e nem câncer, não é mesmo? Se existem profissionais qualificados para uma área da saúde, não é a toa.

Para fortalecer o outro você precisa estar forte. Para lutar por alguém que muitas vezes entregou as pontas, você precisa estar com a mente e com o corpo preparados para a guerra que pode vir a enfrentar. As conversas nem sempre serão bonitas, olhar uma pessoa toda cortada não é filme adolescente, chegar ao ponto de precisar esconder objetos cortantes não é engraçado, deixar uma pessoa ser amarrada para a sua própria segurança e ser levada por uma ambulância destrói a sua alma.

Para passar por essas e outras situações, a mente precisa estar equilibrada, pois, ao contrário disso, você também sucumbe e fica doente.

Cuide dos outros, mas cuide de você também!

Seja gentil com você.

Juliana Saueia

Juliana é atriz, escritora e bacharel em Direito. Vive com os pés na estrada e a cabeça em outros planetas.

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