Para os amantes dos esportes em geral, vale muito a pena fazer a visita ao Museu do Futebol na cidade de São Paulo em qualquer época.
Porém, até 20/10/19 você tem um motivo ainda maior: a exposição CONTRA-ATAQUE! As mulheres do futebol.
Como chegar
O Museu do Futebol na cidade de São Paulo fica dentro do Estádio do Pacaembu, na Praça Charles Miller.
Existem duas linhas de metrô que dão acesso até ele, embora tenha que fazer uma caminhada de mais ou menos 20 minutos.
A primeira é a estação Paulista, da linha amarela, que é a mais próxima para a maioria das pessoas.
A segunda, é a estação Clínicas, da linha verde e acredito que esta tenha um caminho mais fácil de percorrer, embora as duas demorem o mesmo tempo.
Uma alternativa é a de pedir um Uber de alguma dessas estações, caso não queira andar tanto, que dará em torno de R$ 8,00 a corrida.
Ingresso
A visita ao Museu do Futebol pode ser realizada de terça a domingo, com entrada das 09h às 17h e permanência até as 18h.
Ele custa R$ 20,00 inteira e R$ 10,00 para quem tem direito à meia-entrada (clientes Itaú pagam meia-entrada com direito à um acompanhante, é só apresentar seu cartão na bilheteria). (atualizado em out/21)
A entrada é gratuita toda terça-feira para todos (dia que eu visitei).
Para maiores informações acesse o site do Museu do Futebol.
Visita ao Museu do Futebol | Exposições Permanentes:
São muitas salas que contam a história do futebol, desde sua chegada ao Brasil se tornando o esporte mais visto e amado dos brasileiros.
Possui a maior biblioteca pública especializada em futebol do país, além de ser totalmente acessível para deficientes.
São 15 salas que homenageiam e contam a história do esporte e dos jogadores.
E uma das salas mais emocionantes é a da Exaltação, onde embaixo da arquibancada do Estádio do Pacaembu, nos mostram a vibração das torcidas dos clubes brasileiros. Claro que eu vibrei muito mais na hora que o bando de louco gritava para empurrar o Corinthians. Mas com certeza você encontrará a sua torcida ali, mesmo não sendo corintiano.
Outra sala que me arrepiou demais, foi a Rito de Passagem, onde revivemos a derrota da Copa do Mundo de 1950. Fico emocionada só de lembrar ao escrever aqui.
Muitas outras salas para saudarmos momentos gloriosos, bem como jogadas e jogadores excepcionais e, claro, não esquecermos momentos vergonhosos desse esporte que nos traz tantas emoções.
Visita ao Museu do Futebol | Exposição CONTRA-ATAQUE! As Mulheres do Futebol:
Eu esperava por uma exposição dessa há muito tempo e finalmente ela chegou (pena que não para ficar). Mas até Out/19, apenas, poderemos visitá-la no Museu do Futebol.
Ela conta sobre as mulheres, que mesmo impedidas de jogar, sempre arrumaram sua maneira de estar em contato com esse esporte que também amavam, até os dias de hoje, onde vibramos pelas mulheres numa Copa do Mundo, ainda que com uma desigualdade salarial imensa e com baixa visibilidade por conta da mídia.
Fui visitá-la em dia de jogo do Brasil da Copa do Mundo Feminina, o que tornou aquele dia ainda mais especial, pois pudemos assistir ao jogo lá mesmo.
O Museu do Futebol preparou um espaço para transmitir os jogos.
O nome da exposição:
Contra-ataque é uma jogada muito conhecida no futebol, quando um time recupera a posse de bola e dá início à uma jogada em direção ao gol. Existem times que até preferem jogar no contra-ataque, para surpreender o adversário.
E nada mais análogo à essa jogada do que o trajeto do futebol feminino, que já foi proibido por decreto-lei aqui no Brasil por décadas.
Mulheres não conquistaram apenas o direito de ter um jogo transmitido, elas lutaram para poder jogar futebol, ter uniformes condizentes à seus corpos, poder narrar e apitar uma partida, além da luta em simplesmente estar torcendo nas arquibancadas.
E até hoje ainda lutam para ter visibilidade em redes televisivas, rádios, imprensas.
Vimos nessa última Copa do Mundo de Futebol Feminino nossa craque Marta utilizando chuteira preta com apenas uma bandeira azul e rosa nela, na forma de protesto e pedido de igualdade entre os gêneros no esporte e na vida.
Os patrocinadores do futebol feminino queriam pagar bem menos do que pagam aos homens e nossa atacante não aceitou.
Por isso, quem diz que as mulheres já conquistaram tudo e hoje lutam para ser melhores do que os homens, não entenderam e não enxergam nada do que acontece no cenário nacional e também mundial.
A exposição:
Essa exposição reconhece esportistas de muitos anos atrás, que resistiram em tempos ainda mais sombrios.
Proibiram mulheres de jogarem bola para preservar a “moral e os bons costumes”, diziam que o futebol “masculinizaria” o corpo da mulher que deveria ser suave e delicado, que entrar em campo poderia prejudicar a função reprodutiva e que o espírito competitivo desequilibraria a personalidade feminina.
Tantos absurdos que fica até difícil continuar na exposição.
A proibição aqui no Brasil durou até 1979, sendo que apenas em 1983 houve regulamentação do futebol feminino.
Vemos como ao longo dos anos o futebol feminino foi criando seu espaço, contra tudo e contra todos.
E também podemos ver mulheres na música e em outros esportes que lutaram para ter seu espaço reconhecido. Ser mulher não faziam delas menos aptas a correr, tocar um instrumento, chutar uma bola ou o que quer que fosse.
Infelizmente (mas necessário) há uma parte onde reproduzem falas de comentaristas, jornalistas e de pessoas nas redes sociais sobre mulheres no futebol. É chocante.
E fica ainda pior quando lemos as datas em que alguns comentários foram feitos: 2019.
Parece absurdo pensar que hoje ainda possam dizer coisas como: “Futebol feminino nem é tão ruim. Eu mesmo fui assistir e só cochilei 3 vezes durante o jogo”.
Mas há também a celebração, com camisas de várias jogadoras icônicas.
No fim ainda assistimos ao jogo do Brasil contra a Itália, onde ganhamos e eu e a Letícia ainda fomos entrevistadas (05 minutos de fama rs).
E encontramos as donas da música Jogadeira, que fez o maior sucesso: a jogadora do Corinthians Cacau e a ex-jogadora Gabi Kivitz.
Cacau e Gabi – Jogadeiras
Encontre sua hospedagem em São Paulo!
Booking.comToda vez que viajo, minha primeira opção para buscar hospedagem é o Booking.com, um site que é queridinho de muitos outros viajantes também.
Por lá podemos comparar os preços de várias hospedagens, desde um hostel até grandes redes hoteleiras, além de verificar tudo que cada acomodação oferece ao hóspede.
Há muitas opções de hospedagem com cancelamento gratuito, o que, particularmente, eu gosto demais e dou prioridade na hora de realizar minha reserva.
Outra coisa muito bacana, é que quanto mais você reserva por lá, vai conseguindo maiores descontos nas próximas vezes com o programa de fidelidade da Booking, o Genius.
Ameeeeei a matéria e o rolê!
Gente como eu não sabia da existência desse museu, amei conhecer o Museu do Futebol e já vai entrar no retiro para próxima viagem a São Paulo.