Conhecer o Palácio do Catete no Rio de Janeiro me trouxe uma grata surpresa. Com um conteúdo histórico-político nacional muito bom, o passeio vale muito a pena, sendo um diferencial no roteiro sobre o que fazer no Rio de Janeiro, já que não é comumente recomendado.
Abaixo você conhece um pouco mais sobre a história do prédio, o acervo do museu e descobre como chegar e quanto custa a entrada.
O Palácio do Catete no Rio de Janeiro
O Palácio do Catete foi erguido quando o Rio de Janeiro era a Capital Imperial do país, pelo Barão de Nova Friburgo.
Após a sua morte, quase virou um hotel, mas foi adquirido durante o governo de Prudente de Moraes como sede da Presidência da República.
Fatos históricos políticos e sociais importantes foram decididos ali, como a declaração de guerra à Alemanha em 1917 e a implantação da moeda Cruzeiro. O Papa Pio XII já se hospedou no Palácio.
Após abrigar 18 presidentes, Juscelino Kubitschek transfere a capital do Brasil para Brasília, e o palácio do Rio de Janeiro torna-se Museu da República, com importantes obras em seu acervo e muitas citações pelo prédio para que não esqueçamos a história do país.
O Palácio do Catete conta com um belo jardim que foi tombado pelo IPHAN, inclusive dependendo do ângulo da foto confundem com uma parte do Jardim Botânico do Rio de Janeiro.
O Museu da República
O prédio é muito bonito e logo na entrada vemos colunas de mármores que levam à escadaria. Durante a subida podemos ver algumas esculturas e pinturas.
Um dos primeiros cômodos é o Salão Ministerial, assim chamado na época do Barão de Nova Friburgo, depois nomeado de Salão de Despacho e Conferências quando tornou-se um prédio da República.
Logo depois retornou ao nome original. Aqui o presidente recebia ministros para reuniões. No teto vemos a decoração original de Baco e Ariadne.
Vemos também uma sala com exposição sobre a construção do Palácio e seus primeiros moradores, e outra sala que aborda temas mais contemporâneos.
No segundo andar, chamado de Piso Nobre, por ser onde acontecia muitas cerimônias, encontramos vários ambientes diferentes e luxuosos.
Aqui encontramos:
- Capela;
- Salão Francês (ou Salão Azul) de estilo Luiz XVI;
- Salão Pompeano – que contém em seu teto as Armas Nacionais e datas históricas como: o Descobrimento, a Independência, a Abolição e a República;
- Salão Amarelo utilizado como sala de visitas;
- Salão Mourisco, de estilo islâmico era um ambiente masculino utilizado para jogos e fumo;
- Salão Nobre (ou Salão de Baile) com várias figuras do deus Apolo, símbolo da música e da poesia. Foi aqui que receberam as Armas da República;
- Salão de Banquetes, utilizado para grandes refeições e, quando Getúlio Vargas foi presidente, era aqui que ele se reunia com os ministros.
Já no terceiro andar visitamos os aposentos privados do Palácio, onde o Barão e sua família, e logo depois nossos presidentes e suas famílias tinham suas privacidades.
Como foram vários os moradores do local, a mobília se modificou ao longo dos anos.
Getúlio Vargas foi seu último morador, assim podemos ver como era o quarto presidencial em sua passagem pelo local.
Na última reunião ministerial, os Ministros disseram à Getúlio Vargas que ele deveria renunciar ao cargo de Presidente da República. Na manhã seguinte, usando suas próprias palavras “ele não mais existira em vida, mas entraria para a história”. Foi aqui que o presidente cometeu suicídio em 24 de agosto de 1954.
Como visitar
O Palácio do Catete fica localizado na Rua do Catete, nº 153 – Catete – Rio de Janeiro.
Você pode chegar até lá de metrô, descendo na estação do Catete e atravessar a rua. Eu estava hospedada próxima ao Largo do Machado e fui a pé, numa caminhada de 10 minutos.
Horário de funcionamento: terça a sexta, das 10h às 17h. Sábados, domingos e feriados das 11h às 18h.
Valor do ingresso: R$ 6,00 (possui meia-entrada). Entrada gratuita de quarta e domingo.
O Jardim do Palácio possui visitação gratuita e por ali acontecem manifestações artísticas, além de vermos famílias passeando.
Esse post faz parte de uma blogagem coletiva entre blogs de viagens, com o tema: MUSEUM WEEK, celebrando museus ao redor do mundo. Então bora conferir os museus que outros blogueiros visitaram:
→ Dani Turismo: Museu Marítimo em Ushuaia
→ Oncotô Travel: Museu da Segunda Guerra Mundial de Gdansk: Como é a Visita
→ De Lugar Nenhum: Museu do Amanhã
→ 6 Viajantes: Casapueblo no Uruguay: museu e pôr do sol
→ Experiência Barbara: Museu de História Natural: evolução ao seu alcance
→ Vamos Viajar pra Onde Agora: Galleria Dell Accademia em Florença
→ Mulher Casada Viaja: O Museu Olímpico de Lausanne, Suíça
→ Uma Viagem Diferente: 10 Museus para Conhecer no Rio de Janeiro
→ Elizabeth Werneck: Semana de Museus (MUSEUM WEEK): Descubra os melhores museus do mundo para cada signo
Eu já estive duas vezes no Museu do Catete no Rio de Janeiro, além de ser um museu muito legal o lugar é lindo. Eu adoro o Rio de Janeiro e gosto muito dessa região do Catete/Flamengo/Largo do Machado, sempre que vou fico por lá. Abraços.
Essa é uma região queridinha por mim também, adoro me hospedar por lá!
Ju, pela foto o quarto do Getúlio me passou um ar mega fúnebre, pessoalmente é assim mesmo? Achei lindíssimo o jardim e o prédio do Palácio do Catete, já quero visitar!
Ai Marj, pessoalmente eu não achei tão fúnebre assim não, mas fica o sentimento sabe? Afinal, foi ali que aconteceu o suícidio e eles não nos deixam esquecer. Mas visita o Palácio do Catete mesmo, vai gostar!
Eu já fui 2x ao Palácio do Catete no Rio de Janeiro, e quero voltar para levar meus filhos. Faz parte da nossa história né? Quero que eles possam vivenciar isso tb. Parabéns pelo post Ju.
Uau, adorei o post sobre Museu da República. O Palácio do Catete é do lado da minha casa e sempre que posso, visito. E as suas fotos estão lindas. Adorei o post. Parabéns e obrigada por compartilhar. Beijinhos
Esse é um dos poucos museus que não conheço no Rio de Janeiro. Com certeza colocarei o Palácio do Catete no próximo roteiro pela cidade maravilhosa. Adorei a dica
Adoro esse palácio! Ainda bem que não virou hotel, pois somente hóspedes teriam o privilégio de percorrer os corredores e salas nobres do palácio.
O segundo piso retrata muito o estilo dos palácios franceses, não é?
Obrigada por compartilhar este post. Não conheço e ainda não tinha lido nada sobre a visita ao Palácio do Catete, consegui ter uma boa ideia de como é e gostaria de visitá-lo um dia.
Já fui várias vezes ao Rio de Janeiro mas nunca visitei o Palácio do Catete. Adorei seu post! Vou incluir na minha próxima viagem.
O Palácio do Catete no Rio de Janeiro deveria ser um exemplo a ser seguido por outros museus tão importantes que guardam um pouco da nossa história. Pelo seu relato me pareceu bem conservado.