Descubra o que fazer em Macapá, além da Fortaleza de São José de Macapá que é um dos principais pontos turísticos da capital do Amapá.
Ainda um dos destinos do Brasil menos procurados para o turismo, Macapá pode surpreender o viajante que busca em sua experiência muito mais do que fazer check-in em pontos turísticos.
Conhecer a cultura e o povo do Amapá é realmente enriquecedor.
Como chegar em Macapá
Para chegar em Macapá eu fui de avião partindo de Belém. É um ótimo destino para combinar com o Pará.
Paguei R$ 240,00 ida e volta no voo Belém x Macapá, que tem 01 hora de duração.
Você também pode fazer o trajeto Belém x Macapá de barco, que pode custar entre R$ 170 a 750,00 pela empresa MACAMAZON ou pelo Naviobreno.
Além de avião ou barco, não tem como chegar em Macapá partindo de outra capital do Brasil.
Onde se hospedar em Macapá
Infelizmente a cidade não possui uma imensa variedade hoteleira e como eu gosto de pesquisar muito bem antes de reservar, foi um pouco difícil. Afinal, se hoteis já não eram muitos, hostel então, encontrei apenas um.
E como o custo x benefício mais as recomendações do único hostel eram adequadas, me dei por satisfeita e fiz a reserva.
Amazon Pier Hostel
Fica num prédio sem elevador e haja escadas para subir. Como eu estava de mochilão, foi tranquilo, mas penso que se estiver com mala de mão, pode sofrer um pouco.
Mesmo sendo hostel, possui apenas um quarto quádruplo (R$ 70,00 a diária) e 3 quartos duplos (a partir de R$ 94,00) com café da manhã incluso.
Em geral a acomodação é boa, limpa e tranquila. Eu só tive um pequeno problema na hora da chegada, pois não há recepção.
Meu voo atrasou e eu estava em contato com um rapaz que trabalha no hostel, que me disse para avisar quando chegasse que ele iria me encontrar para abrir a portaria.
Cheguei e nada dele me responder. Demorou um tempo até que ele me retornou a mensagem e veio ao meu encontro.
Minha sorte é que durante minha visita ao Pará, uma amiga do instagram que conheci na viagem pela Paraíba disse que estava morando em Macapá. Eu disse à ela que visitaria a cidade e ela se ofereceu para me buscar no aeroporto. Quase fui para a casa dela, mas como já havia feito a reserva por lá e o cara resolveu aparecer, acabei ficando no hostel.
Toda vez que viajo, minha primeira opção para buscar hospedagem é o Booking.com, um site que é queridinho de muitos outros viajantes também.
Por lá podemos comparar os preços de várias hospedagens, desde um hostel até grandes redes hoteleiras, além de verificar tudo que cada acomodação oferece ao hóspede.
Há muitas opções de hospedagem com cancelamento gratuito, o que, particularmente, eu gosto demais e dou prioridade na hora de realizar minha reserva.
Outra coisa muito bacana, é que quanto mais você reserva por lá, vai conseguindo maiores descontos nas próximas vezes com o programa de fidelidade da Booking, o Genius.
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O que fazer em Macapá
Fortaleza de São José de Macapá
Criada para defender a Amazônia dos franceses que já haviam conquistado a Guiana na fronteira, a Fortaleza de São José de Macapá está na margem do Rio Amazonas.
Cada ponta do quadrado que forma a fortaleza recebeu o nome de um santo católico: Nossa Senhora da Conceição, São José, São Pedro e Madre de Deus.
Construída por mão de obra de oficiais do exército (que eram livres) e indígenas e negros escravizados (muitos mortos para que a fortaleza fosse erguida), sua área era estratégica, porém nunca precisou chegar a defender nada. A obra durou 18 anos para ser finalizada.
Tombada pelo Iphan (Instituto de Patrimônio Histórico Nacional) em março de 1950, hoje a Fortaleza de São José de Macapá é aberta ao público, sendo um dos principais pontos turísticos da cidade.
Entrada: gratuita, porém você pode deixar uma contribuição caso queira no valor que bem entender.
Casa do Artesão e do Índio
Um local repleto de arte da Amazônia, com artistas locais e que reverberam brasilidade.
Muitos artesanatos vem com o nome de quem o fez e a tribo pertencente. São vários itens como roupas, brincos, colares, pulseiras, ímãs de geladeira, objetos de decoração, vasos e muito mais.
Os materiais utilizados são retirados da natureza e não causam impacto ambiental.
Museu Sacaca
Um espaço que promove pesquisa e preservação da história e comunicação.
Construído com a participação de indígenas, ribeirinhos, extrativistas e produtores de farinha.
Possui uma área com exposição permanente que apresenta as pesquisas feitas pelo IEPA (Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Estado do Amapá) e parte da coleção de vários ramos como Arqueologia, Botânica, Zoologia, Geologia e Hidrologia.
Já a área a céu aberto, que é incrível, nos leva a conhecer e reconhecer atividades, objetos, comunidades e a história do Amapá e sua população.
Como a Casa da Farinha, Casa das Parteiras, Casa Palikur, os Castanheiros, Monumento Marabaixo, os Ribeirinhos, Sítio Arqueológico e muito mais.
Achei um espaço muito importante e imperdível.
É o reconhecimento da pluralidade brasileira que muitas vezes nós, do Sul e Sudeste, nos esquecemos. Além de um contato com a raiz do nosso território.
Existe uma farmácia dentro do museu que utiliza de recursos naturais do Estado do Amapá para fazer produtos que ajudam em várias áreas de nossa saúde. Sendo, principalmente, plantas medicinais e óleos vegetais.
Eu comprei um sabonete que ajuda com manchas de sol no corpo e uma tintura que auxilia com a gastrite. Tudo de qualidade e baixo custo.
Entrada: gratuita.
Monumento Marco Zero
O monumento que simboliza a passagem na Linha do Equador dividindo os hemisférios em Norte e Sul. Por isso Macapá é conhecida também como a Capital do Meio do Mundo.
Esse é um dos pontos turísticos principais, junto com a Fortaleza de São José de Macapá.
Na parte de cima do monumento há um círculo onde pode-se visualizar o Equinócio por duas vezes no ano, em março e setembro. O sol se encaixa perfeitamente nesse círculo, projetando um raio de luz pela Linha do Equador.
Atrás do Marco Zero fica o Zerão – Estádio de futebol Milton de Souza Corrêa – que é dividido pela Linha do Equador (a linha de meio de campo passa exatamente pela linha do Equador). Assim, um time faz gol no hemisfério sul, enquanto o outro faz gol no hemisfério norte.
Quilombo Curiaú
Esse quilombo fica bem pertinho da cidade e quem me levou lá foi a Mikaela, aquela conhecida que me buscou no aeroporto. Ela participou de vários projetos por lá e ficou bem chegada da população.
Existem espaços que, na época da cheia (eu fui na seca), muitas pessoas vão pra lá tomar banho e curtir.
Porém os bares que possuem uma estrutura bacana são de pessoas de fora, sendo assim o dinheiro não fica na comunidade.
Ela me levou até a casa de Dona Rossilda para conversar e rever a família que ela tanto tem apreço.
Estava quase na hora do almoço e nos fizeram comer com eles um delicioso caldo de carne mega quente (o calor do Amapá é surreal e me fez derreter todinha) com um suco de acerola revigorante.
Por lá elas vendem tapioca, polpa de fruta, pimenta, tucupi e muitas outras delícias.
Pude ter uma manhã linda conversando com muitas mulheres incríveis da Comunidade Quilombola do Curiaú, que são divertidíssimas.
Por fim, paramos na casa do Senhor Sabá (nascido e criado no Curiaú), uma figura muito conhecida e importante por lá.
Ganhei um livro escrito por ele “Curiaú, a marca de uma geração”, que retrata a história de crianças e adolescentes do Quilombo do Curiaú em Macapá.
Orla de Macapá
De braços abertos para o Rio Amazonas, a orla de Macapá é um passeio bem gostoso de se fazer. Há quiosques e restaurantes para sentar e curtir um momento bom.
Há também parquinhos e uma pista de caminhada.
Pontos turísticos que não visitei
• Igreja de São José de Macapá;
• Trapiche Eliezer Levy;
• Teatro das Bacabeiras;
• Centro de Cultura Negra.
Amapá alem de Macapá
Ainda um Estado muito pouco visitado, se informações sobre turismo em Macapá, a capital, não são muito encontradas, as notícias sobre o interior do Amapá são quase nulas.
Tentei reunir algumas referências que minha colega passou sobre seu conhecimento do lugar como professora de História que é.
Eu gostaria de ter mais tempo para poder explorar e trazer mais material. Quem sabe em breve?
Oiapoque
Quem já ouviu a expressão “Do Oiapoque ao Chuí” em alguma citação, música, jornais ou livros?
Pois bem, ela se trata de Oiapoque, no Amapá (a primeira cidade do Brasil) e Chuí, no Rio Grande do Sul (a última), nos mostrando a diversidade que encontramos em nosso país.
Por lá você encontra um monumento que marca o “início do Brasil”, a Chácara du Rona onde pode mergulhar, o Museu Kuahí que mostra a cultura indígena e o Parque Nacional do Cabo Orange.
Além do mais, para quem quiser atravessar a fronteira, é por aqui que você chega na Guiana Francesa (lembrando que os brasileiros precisam de visto para entrar nesse país).
Município de Amapá
Aqui o ponto interessante é conhecer o Museu a Céu Aberto – Base Aérea. Um aeroporto montado para os aliados na Segunda Guerra Mundial, com alojamentos, igreja e hospital.
Por lá existe a Torre do Zepelin, que caçava submarinos nazista.
Laranjal do Jari
Falando nos nazis, encontrei uma matéria da revista Super Interessante que conta o Plano Nazista para roubar a Amazônia, depois de encontrarem uma cruz de três metros de altura com uma suástica em um cemitério da cidade.
Em Laranjal do Jari há, ainda, a Cachoeira de Santo Antônio, com várias quedas d’água e uma força da natureza muito poderosa.
Você pode fazer um passeio de barco até lá para contemplá-la e também se banhar no rio.
Serra do Navio
Das belezas surreais e inesperadas, essa com certeza é uma delas. Aqui fica a Lagoa Azul, um local lindo, que encanta mesmo sem uma estrutura boa ao turista. O nome se dá por conta da cor da lagoa.
Ali também fica o Parque Municipal do Canção com várias trilhas e poços d’água.
Aliás, pelo Amapá existem várias cachoeiras e locais ótimos para banho.
Reuni por aqui alguns pontos que me contaram, mas tenho certeza que o Estado reserva muitas surpresas ainda. Espero um dia voltar com tempo para descobrir o que fazer em Macapá e em uma boa parte do Estado com a devida atenção que merece.
O que mais me impressionou foi essa fortaleza de São José do Macapá. A orlanda também é lindíssima!
Nossa adorei, não conhecia nenhum desses passeios. Achei muito legal o do marco zero, dividindo os equadores, não sabia q tinha isso no Brasil.
Pois é! A gente as vezes sabe mais do que tem fora do nosso próprio país né? As coisas são menos divulgadas e procuradas. Que bom passar isso pra você.
Boa tarde, Juliana!
Você chegou a visitar a ilha de Santana durante a sua viagem ao Amapá? Irei até lá em janeiro e tenho me deparado com pouquíssimas informações sobre a Ilha.
Oi Luiz, não visitei essa Ilha, infelizmente! As dicas de viagem para o Amapá em si são bem poucas né?
Até consegui algumas, mas a partir de um colega que é professor na UFAP. Esporo fazer uma postagem sobre a ilha com mais detalhes sobre a mesma e compartilhar em algum blog.
E, por falar em blog, gostei bastante do que li por aqui. Adoro Belém e irei até lá pela quarta vez também em janeiro. Sou mineiro, mas atualmente moro no ES.
Um grande abraço!
Fico contente que tenha conseguido as informações e também contente por ter gostado das informações do Além da Curva sobre Belém. Aproveite sua viagem, aquela cidade é incrível (como já sabe bem né?). Abraços!
Caramba! Nunca tinha pensado em conhecer Macapá! Estou impressionada… muito curioso!
Obrigada por compartilhar!
Não fazia ideia que Macapá tinha tanta coisa interessante para conhecer. Também não sabia que Macapá era conhecida como a Capital do Meio do Mundo. Adorei seu post!
Siiiim, tem MUITO o que fazer e conhecer em Macapá, e no Amapá em si. Vale a pena visitar.
Adorei conhecer um pouquinho mais do Macapá pelo seu post. E achei demais a história do Oiapoque rs … Agora eu já sei onde fica ! 🙂
Juro que nunca havia pensado em ir ao Macapá, mas este seu post já me fez mudar de ideia. Quanta coisa bacana para fazer Quanta cultura! Esse nosso Brasil é realmente incrível!
Muito bom o seu post! É bacana encontrar posts que contam sobre esses lugares poucos conhecidos do nosso país!Eles estimulam a nossa curiosidade, nos faz querer saber mais!
Para visitas ao Amapá podem me chamar, sou Guia de Turismo, 96 984028088. marcelosag@gmail.com.
Obrigado! Abraço!
Os banhos de igarapé, e cachoeiras são os melhores que pude conhecer em Calçoene-AP. A base aérea Americana da 2ª Gerra Mundial também é um passeio muito interessante, alem de conhecer Mazagão Velho, que nos transporta ao período colonial em plena Amazônia.
Ah, Adriano, que massa essas informações! Preciso voltar ao Amapá para poder conhecer além da capital, Macapá. É um Estado tão incrível.
Nunca tinha pensado em ir ao Amapá até ler sua matéria sobre Macapá. Obrigada pela dica. Esse lugar é muito interessante!