Devidamente descansadas do dia mais pesado nas estradas duras do Tocantins, acordamos revigoradas e animadas para o dia que se iniciava. Era nosso terceiro dia de roteiro pelo Jalapão e finalmente iríamos conhecer os fervedouros!
Tomamos café da manhã na Pousada Cristal Dourado, pegamos nossa mala, levamos para o carro de Junera e partimos para mais uma aventura em pleno cerrado.
Antes, Junera parou na casa de uma amiga que vende souvenirs e possui camping lá em Mateiros também, chamado Cobra de Cabelo.
A vibe é bem gostosa, a dona muito simpática, com vários gatos, muita arte e natureza.
Logo chegamos no Fervedouro do Buriti, que leva o nome daquela palmeira que comentei no post anterior.
A emoção foi enorme, é muito lindo por fora mas quando se entra dentro dele é que a gente entende o quão único aquilo ali é.
Fervedouros são nascentes de rios subterrâneos e que não nos deixa afundar quando estamos em cima de seu olho porque a pressão da água te joga pra cima. Suas cores variam entre o azul e o verde dependendo da posição do sol.
É bem engraçado a primeira vez que entramos nele, porque não tinha ideia direito de como seria aquilo. Teve gente que se desequilibrava sozinho na água (???) kkk mas depois que pega o jeito, é bem gostoso de ficar.
Nos destaques dos stories no instagram eu mostrei um pouquinho como funcionava lá embaixo, eu estava “de pé” sem encostar no chão e simplesmente não afundava de jeito nenhum.
Até pra mergulhar e nadar embaixo d’água era difícil.
Quando chegamos tinha um grupo mas logo foram embora e ficamos sozinhas ali.
Uma das melhores coisas de ter ido no verão molhado é que pegamos as atrações vazias e só para a gente.
O que acontece no verão seco é que dependendo da semana, aquilo ali lota em um nível que existem filas que já chegaram a 01h30 de espera.
Como os fervedouros possuem capacidade máxima, geralmente de 10 pessoas para entrar neles, os grupos que vão chegando precisam esperar. E o pior, nessa época limitam a um período de 20 minutos para curtir o fervedouro. Muito rápido.
Nós chegamos a ficar mais de uma hora em alguns fervedouros sozinhas. Deu para tirar milhões de fotos, curtir a vibe e deixar os equipamentos guardados para se refrescar muito naquelas águas. Tudo no nosso tempo, sem pressa de nada.
* paga-se R$ 10,00 para entrar nesse fervedouro, se for por conta própria
Nossa próxima parada foi a Comunidade Quilombola do Mumbuca, lugar onde começaram a desenvolver a produção do capim dourado como artesanato.
Aqui a base da economia é o artesanato e a agricultura familiar. É incrível e lá sim eu acabei comprando um colar e um brinco, não resisti.
Um fato interessante: o capim dourado só pode sair do Tocantins como artesanato, nunca como matéria-prima.
O momento fofura do dia (quiçá da viagem) ficou quase no fim da visita à comunidade, quando duas meninas lindas, Gabriela e Rebeca, sentaram e começaram a cantar uma música que minha avó cantava:
“Meu capim, meu capim dourado, que nasceu no campo sem ser semeado. Foi meu amor quem me disse assim, quem me disse assim, foi a flor do campo, foi o meu capim. Foi Vó Miúda quem me ensinou essa linda arte com muito amor.”
Só que minha avó cantava falando alecrim e não tinha essa parte da Vó Miúda, claro.
Depois mais dois meninos (um deles se chamava Artur) se juntaram às meninas e voltaram a cantar tudo de novo.
A Vó Miúda que está na letra da canção era a artesã mais conhecida do Jalapão, que passou essa arte adiante, até sua morte.
Saímos de lá e iríamos almoçar. A parada foi no local onde fica o Fervedouro do Sono, que estava lotada, porém no fervedouro não havia ninguém.
Acredito que as pessoas vão lá mais para almoçar mesmo e zarpar, mas acho um desperdício.
Aquele fervedouro é bem pequeno, mas tão charmoso, olha na foto aí. O almoço ali sai em media R$ 30,00.
Por fim, fomos para nossa última parada do dia, a Cachoeira do Formiga que é maravilhosa e tem uma cor verde esmeralda de encher os olhos de admiração.
Deve ser a mais bonita do Jalapão. Ela leva esse nome por conta do Rio Formiga.
* paga-se R$ 20,00 para entrar nessa cachoeira se for por conta própria
Quando chegamos estava lotada, mas como não estávamos com pressa, ficamos até o horário de fechar, o que foi ótimo porque em um determinado momento sumiu todo mundo e ficamos uns 40 minutos sozinhas naquela belezura.
A água é gelada e eu adoro!
A queda é pequena porém bem forte, é muito difícil chegar até ela e mais complicado ainda se manter ali para receber aquela massagem deliciosa que só uma cachoeira nos fornece.
Olha só minha cara tentando me segurar perto da queda rs.
Depois de um dia mágico conhecendo lugares espetaculares no Tocantins, seguimos rumo à nossa última hospedagem da expedição na cidade de São Félix do Tocantins e não poderíamos ter feito melhor escolha do que a Pousada São Félix do Jalapão e vamos para o review:
Pousada São Félix do Jalapão:
Ficamos em um quarto com 03 camas de solteiro, possui TV, ar condicionado, rede para colocar do lado de fora, banheiro bonito e limpo, e um Wi-fi que pegava bem nas áreas comuns mas no quarto deixou um pouco a desejar.
A Pousada São Félix é bem ampla e tem um visual bem gostoso. Eu queria tanto ter ficado mais um dia só para curtir a pousada.
Ela tem mesa de sinuca, um bar que acabei não conhecendo, uma hidromassagem com uma cascata que cai na piscina, que aliás, é maravilhosa e te leva até a sauna. Esses últimos três eu super aproveitei.
Jantamos e tomamos café da manhã por lá e claro, serei repetitiva, mas o tempero do Tocantins é de outro mundo!
Aliás o café da manhã tinha um bolo de cenoura que foi pra fechar com chave de ouro esses dias no Jalapão.
A média da diária com café da manhã na Pousada São Félix do Jalapão é de R$ 245,00. (referente ao mês de abril, na alta temporada os valores podem mudar)
Infelizmente no dia seguinte já voltaríamos para Palmas, mas não sem antes conhecer mais fervedouros!
NÃO ESQUEÇA DE RECOLHER SEU LIXO!
* Essa viagem foi realizada a convite da agência Calliandra Ecoturismo que forneceu transporte e guia para nossa expedição, bem como as Pousadas Águas do Jalapão, Cristal Dourado e São Félix do Tocantins que nos ofereceram como cortesia a hospedagem, café da manhã e jantar. Por favor, veja a política do blog para mais informações.
[…] de uma noite muito bem dormida na Pousada São Félix do Tocantins e um café da manhã maravilhoso por lá, era hora de fecharmos […]
[…] Esse foi o dia mais cansativo de todos, mas só tinha a agradecer pois estava no Jalapão, esse lugar único. No dia seguinte teríamos finalmente visita aos fervedouros! […]
[…] Na cidade de São Félix do Tocantins: Pousada São Félix do Jalapão (que tem uma baita estrutura, contrariando um pouco o que eu disse sobre as acomodações serem mais simples). Para ver mais sobre ela acesse esse link de nosso terceiro dia no Jalapão. […]
Ju, amei seu blog, vou super indicar, tem tudo que precisamos saber, muito completo.
Pati, muito obrigada mesmo! Qualquer coisa pode me chamar. Beijos